FRATURA DO FÊMUR
O fêmur é o osso mais longo, volumoso e resistente do corpo humano. Localiza-se na coxa e está circundado pela maior massa muscular. O fêmur é anatomicamente dividido em três segmentos: Proximal (perto do quadril), Diáfise (meio da coxa) e Distal (perto do joelho).
O fêmur tem um formato tubular e o tamanho, geralmente, é proporcional ao da pessoa: por exemplo, uma pessoa com altura igual a 1,80 metros tem um fêmur de cerca de 50 centímetros. O fêmur é um dos ossos mais fraturados do corpo. Todo ano, a cada 100.000 pessoas, cerca de 10 sofrem fratura do fêmur.
A fratura do fêmur é uma das principais causas de morbidade e mortalidade em traumatismos de alto impacto. A fratura do fêmur é tão grave, que pode ocorrer uma perda de mais de 1 litro de sangue decorrente dessa fratura (lembrando que, em todo o corpo humano, existem cerca de 5 litros de sangue).
Qual a função do Fêmur? O fêmur é o osso mais importante dos membros inferiores na sustentação do peso. Esse osso é tão forte, que, em atividades normais, do dia a dia, ele suporta forças de 3 a 4 vezes a do peso do corpo. O fêmur ainda faz parte de duas articulações: o joelho e o quadril. Ou seja, além de ajudar no suporte do peso, o fêmur é fundamental para a realização de muitos movimentos, desde uma simples caminhada até um salto complexo.
Quais os sintomas? Dor, edema (inchaço), deformidade e encurtamento da coxa, além de incapacidade de apoiar o peso do corpo. A exposição óssea (fratura exposta) também pode estar presente e inspira maiores cuidados. A perda de sangue pode ser tão grande que pode levar o paciente à morte.
Como é feito o diagnóstico? Além da historia clínica e do exame físico, a utilização de alguns exames de imagens auxilia no diagnóstico e no planejamento da conduta terapêutica. A radiografia (RX) é o exame mais acessível e o mais utilizado para essa finalidade. A tomografia é útil para uma melhor avaliação do padrão de fratura.
Como é feito o Tratamento Conservador (sem cirurgia)? O tratamento conservador geralmente é limitado a adultos com alguma comorbidade que o impeça de se submeter à cirurgia. Outra indicação é nas crianças mais novas, geralmente abaixo dos 6 anos de idade. O tratamento conservador depende muito da cooperação do paciente e consiste basicamente no uso de imobilizações (na maioria das vezes feitas de gesso) ou de tração do membro com auxílio de pesos.
Como é feito o Tratamento Cirúrgico? Na maioria dos casos, o tratamento é cirúrgico. A técnica a ser utilizada vai depender dos parâmetros de gravidades. Dependendo do tipo de fratura, pode ser necessária mais de uma cirurgia. Por exemplo, nas fraturas expostas e nas fechadas de alta energia, o fixador externo é uma conduta bastante útil no tratamento inicial. Nas situações de síndrome compartimental, é mandatória a realização de uma fasciotomia (procedimento para aliviar a pressão dentro da coxa). Nos casos de lesão vascular, o reparo da artéria deve ser realizado. Dentre as principais técnicas empregadas, estão a utilização de placas, fixadores externos e hastes.
Quais as possíveis complicações? Infecção, Síndrome compartimental, Pseudartrose (“osso não cola”), deformidade residual, necrose, Artrose (também conhecido como Osteoartrite), lesão neurovascular, Trombose, embolia, dentre outras.
Após a cirurgia, em quanto tempo retorno às minhas atividades? O retorno vai depender muito da gravidade da fratura, das lesões associadas e de qual técnica de tratamento foi utilizada. Geralmente o, retorno pode variar de 6 meses a 1 ano. Todavia, há casos mais graves e mais complexos que necessitam de mais tempo para a reabilitação completa.
É sempre importante se consultar com um ortopedista.
Duvidas sobre este assunto? entre em contato conosco e ficaremos satisfeitos em ajudar.


